sábado, 24 de setembro de 2011

NOTÍCIA IMPORTANTE

MEC ESTUDA AMPLIAR NÚMEROS DE DIAS LETIVOS

O MEC (Ministério da Educação) quer aumentar o número de dias letivos do calendário escolar, passando de 200 para 220 dias. A ideia é ampliar gradualmente o tempo das crianças e adolescentes na escola, atingindo o patamar de 220 dias em quatro anos.

O plano do MEC foi tornado público nesta terça-feira pelo ministro Fernando Haddad (Educação), que fez uma palestra na abertura do congresso internacional "Educação: uma Agenda Urgente", promovido pelo Movimento Todos pela Educação.

"Ou ampliamos o número de horas por dia ou, caso não haja infraestrutura para isso, aumentamos o número de dias letivos. Mas essas alternativas não são excludentes", disse Haddad, após sair do evento.

De acordo com o ministro, o MEC já fez reuniões com o Consed (Conselho Nacional de Educação) e com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). Haddad disse que o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto de lei sobre assunto ao Congresso Nacional.

A ideia de ampliar o tempo de crianças e jovens na escola surgiu a partir de pesquisas. "Estudos têm correlacionado o aprendizado com o tempo que a criança fica exposta no ambiente escolar", afirmou o ministro.

FONTE: Folha Uol



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Texto complementar

Contribuições da teoria [de Wallon] à Educação
(DOURADO; PRANDINI, 2001)

Wallon chama de humanismo ampliado a concepção que implica a plenarealização do homem em cada indivíduo. O homem completo só é concebido em sua forma universal atribuindo-lhe o poder de compreender, ponderar escolher.Uma educação humanista, segundo Wallon, deve considerar todas as disposições que constituem o homem completo, mesmo estandodesigualmente repartidas entre os indivíduos, pois qualquer indivíduo potencialmente pode se desenvolver em qualquer direção, a depender de seu aparato biológico e das condições em que vive.Segundo Wallon, como uma aptidão só se manifesta se encontrar ocasiãofavorável e objetos que lhes respondam. Muitas aptidões novas poderiam manifestar-se no encontro das necessidades psicológicas das crianças e as necessidades crescentes da sociedade.Assim, o acesso à cultura é função primordial da educação formal, pois ela é a expressão do florescimento das criações e das aptidões do homem genérico,universal, sejam manuais, corporais, estéticas, intelectuais ou morais. A escola é parte das condições de existência na qual a pessoa se desenvolve econstitui, devendo intervir neste processo de maneira a promover o desenvolvimento de tantas aptidões quantas for possível.O Projeto Langevin-Wallon propunha uma educação integral do pré–-escolar até a universidade e tinha na sua gênese a preocupação com aformação dos valores éticos e morais, pois considerava a escola um espaço social adequado para tal. Visando uma educação preocupada com a formação geral sólida, para a autonomia, a cidadania e a orientação profissional,fundamentadas pelos princípios de justiça, igualdade e respeito à diversidade,o projeto sistematizou e sugeriu etapas consecutivas que priorizassem aspectos e necessidades específicas de cada faixa etária, respeitando o desenvolvimento afetivo, cognitivo de socialização e maturação biológica de cada indivíduo.Os programas educacionais deveriam ser reformados de maneira que toda aptidão pudesse ser orientada, cultivada segundo sua natureza, deforma que o ensino recebido fosse uma preparação suficiente para o exercício de qualquer função que poderia oferecer-se mais tarde. Wallon acreditava serem as aptidões cultivadas, desenvolvidas em contato com a cultura, e não inatas, embora elas dependam também de condiçõesorgânicas. Por isso atribuiu à escola, como função primordial, dar acesso à cultura visando o cultivo das aptidões, pois só podem exercer as disposições que constituem o homem completo – compreender, ponderar e escolher –aqueles aos quais for dado a conhecer a cultura de seu tempo. Wallon acreditava que todos deveriam ter oportunidades iguais, inclusive ao respeito à singularidade, e para isso seria necessário haver escola para todos onde cada um pudesse encontrar, segundo suas aptidões, todo o desenvolvimento intelectual, estético e moral que fosse capaz de assimilar.Oferecida uma base comum, dever-se-ia também propiciar condições para que a criança, experimentando, descobrisse suas tendências de acordo com seu estágio de desenvolvimento:Dos três aos onze anos, as aptidões parecem não contribuir de maneira eficiente. Exatamente por este motivo, o momento seria propício,segundo Wallon, para orientar e cultivar todas elas, cada uma de acordo com sua natureza: manual, corporal, estética, intelectual e moral.Entre onze e quinze anos, sobre um fundo de aquisições comuns,emergem aptidões mais particulares, mais pessoais, mais originais que devem encontrar tarefas que ajudem no desenvolvimento. A oferta de alternativas deveria ser ampla o suficiente para permitir à criança, ao exercitar e desenvolver novas funções, reconhecer suas preferências esuas dificuldades.À universidade caberia a formação profissional, a investigação científica e a difusão da cultura associando uma cultura geral superior a uma especialização muito avançada.Wallon afirma que o meio e a cultura condicionam os valores morais e sociais que a criança incorporará, e que devem ser cultivados os valores de solidariedade e justiça. Insiste na importância de o professor conhecer as condições de existência de seu aluno, para saber quais os valores que nela estão sendo cultivados, nos outros meios em que está imersa, e saber comocultivar aqueles que são seu objetivo.A partir de sete anos, a criança vive, ao mesmo tempo, sentimentos e situações de cooperação, exclusão e rivalidade. Caberia ao professor intervir,propondo atividades que privilegiem trabalhos em grupo e atitudes de cooperação, em relação aos trabalhos individuais, uma vez que, nessa época, podem acirrar-se rivalidades em detrimento da solidariedade. Além disso, o momento é propício para preparar a criança para a etapa seguinte que é a adolescência.Diante do adolescente, compreendendo as características de seu estágio de desenvolvimento, o professor pode atuar no sentido de ajudá-lo a distinguirvalores sociais e morais.A responsabilidade é um dos sentimentos que o educador deve buscar promover no adolescente, uma vez que ela tem ingredientes capazes de mobilizar essa faixa etária graças às suas características específicas, pois responsabilidade representa, segundo Wallon (1975):Tomar a seu cargo o êxito de uma ação que é executada em colaboração com outros ou em proveito de uma coletividade. A responsabilidade confere um direito de domínio,por uma causa, mas também um dever de sacrifício, o que significa que o adolescente responsável é aquele que deve se sacrificar maior, por tarefas sociais que contribuem para o crescimento e desenvolvimento da coletividade e do grupo. (p. 222)O professor pode, desta forma, auxiliar o adolescente em suas indecisões e angústias propondo atividades que propiciem o reconhecimento de suastendências e o cultivo de aptidões e orientando a proposição de metas e objetivos futuros.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

O TANGRAM E SUA APLICAÇÃO EM SALA DE AULA

Muitos conhecem o Tangram, um quebra-cabeça chinês de origem milenar, que ao contrário de outros quebra-cabeças ele é formado por apenas 7 peças com formas geométricas, resultantes da decomposição de um quadrado.

Assim o Tangram é formado por:
- 2 triângulos grandes
- 2 triângulos pequenos
- 1 triângulo médio
- 1 quadrado
- 1 paralelogramo

Com ouso do Tangram o professor pode trabalhar: identificação, comparação, descrição, classificação, desenho de formas geométricas planas, visualização e representação de figuras planas, exploração e transformação geométrica através de decomposição e composição de figuras, compreensão das propriedades das figuras planas, representação e resolução de problemas usando modelos geométricos, noções de área, frações, ...
Esse trabalho permite o desenvolvimento de algumas habilidades importantes para a aquisição de conhecimentos em outras áreas como:
- Visualização / diferenciação
- Percepção espacial
- Análise / síntese
- Desenho
- Relação espacial
- Escrita / construção

COMO CONSTRUIR UM TANGRAM

Quando o professor propuser aos seus alunos o trabalho com Tangram é importante que deixe que eles o construam. O Tangram pode ser construído com EVA ou com papel cartaz, então é preciso que o professor peça que aos alunos os segintes materiais:
- Papel cartaz ou EVA.
- Régua
- Lápis preto
- Borracha
Agora, veja passo a passo como funciona a construção do Tangram.

1º passo: Recorte o EVA ou o papel cartaz em forma de um quadrado.

2º Passo: Trace um seguimento de reta que vai do vértice b ao vértice h, dividindo o quadrado em dois triângulos iguais.

3º Passo: Para encontrar o ponto médio do seguimento de reta BH, pegue o vértice A e dobre até o seguimento BH o ponto de encontro do vértice A e do seguimento BH será o ponto médio de BH.

Agora trace um seguimento de reta que vai do vértice A ao ponto D, formando três triângulos.

4º passo: Dobre o vértice J até o ponto D assim formando dois pontos, um no seguimento BJ e outro no seguimento HJ.

Agora trace um seguimento de reta do ponto E ao ponto I.

5º Passo:
Trace uma reta perpendicular do ponto D ao seguimento EI.

6º Passo: Trace dois seguimentos de reta paralelos ao seguimento DG e outro ao lado AH.

Assim, dizemos que um Tangram possui dois triângulos grandes, três triângulos menores, um paralelogramo e um quadrado.



Recorte todas essas figuras geométricas e terá as sete peças do Tangram.

Fonte :
Centro de Referência Educacional - http://www.centrorefeducacional.com.br
Canal do Educador - http://www.educador.brasilescola.com


domingo, 4 de setembro de 2011

A formação do professor atual

Por: Elane Silveira de Aguiar Bastos

A desqualificação do professor, ocasionado por um mau processo de formação faz com que alguns indivíduos busque essa profissão por "facilidade de emprego" e complementação de renda, acomodando-se em uma escola privada de pequeno porte com baixos salários ou "sentados" em uma escola pública, onde a cobrança para atuar de fato como professor, é quase inexistente. Segundo o Caderno Pedagógico (Didática) da UDESC:

"A baixa exigência para o ingresso no magistério permitiu, também, por muitos anos (e ainda permite, em algumas situações), o acesso de leigos à docência, o que acaba sendo uma justificativa implícita para a má remuneração. Além disso, teoricamente, por tratar-se de um trabalho de jornada parcial e tipicamente feminino, o salário foi tido como complementar aos dos pais ou maridos. Assim, o magistério acabou sendo uma função para mulheres que trabalham meio período".

É evidente que existem professores que investem em sua formação, participando de estudos em grupos, projetos educativos, mas infelizmente é a minoria. Sendo a formação um requisito para o processo de transformação da educação, as universidades públicas ou privadas e mesmo as de educação à distância, deveriam, obrigatoriamente, fazer uma avaliação, ao que diz respeito ao processo vocacional de “ser professor", pois o professor deve, acima de tudo, ser responsável, comprometido, consciente da importância de seu papel social. E esse processo vai alem das salas de aulas das universidades, e excedem os muros das instituições educacionais.

"A nova perspectiva de profissionalização docente traz, para a formação docente, a concepção de competência profissional. Competência refere-se à capacidade de mobilizar múltiplos recursos, entre os quais chamamos a atenção para os conhecimentos teóricos e experiências de vida profissional e pessoal para responder às diferentes demandas das situações de trabalho. Essa concepção apóia-se, portanto, no domínio de saberes teóricos e práticos para a atuação em situações complexas".

Referências

Caderno de Educação a Distancia-UDESC-Didática


sábado, 3 de setembro de 2011

De olho na educação

PRÉ-ESCOLA DE QUALIDADE TEM IMPACTO POSITIVO NO APRENDIZADO NO ENSINO FUNDAMENTAL


Para o pesquisador Ruben Klein, é necessário que o Brasil invista nesta etapa da Educação

Carolina Vilaverde
Da Redação do Todos Pela Educação

O ensino pré-escolar, oferecido às crianças de 4 a 6 anos, tem impacto positivo no aprendizado no Ensino Fundamental, afirma o consultor da Fundação Cesgranrio e membro da Comissão Técnica do Todos Pela Educação, Ruben Klein. “A Educação Infantil pode ter uma influência muito grande. Se tivermos uma boa Pré-escola, podemos desenvolver muita coisa. Por isso, precisamos pensar nesse grande esforço de estimular as crianças para que elas entrem na Pré-escola e cheguem ao Fundamental com um nível adequado. Quanto melhor for a Pré-escola, mais preparado o aluno entra no 1º ano para ser alfabetizado”, disse na última semana, durante a divulgação dos resultados da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização).

“Como a Educação é um processo acumulativo, a etapa seguinte depende da anterior. Se conseguirmos dar um foco maior à Educação Infantil, teremos, por consequência, um resultado muito melhor lá na frente”, concordou Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação. “O direito à Educação é o mesmo para todas as crianças do País. Garantir o direito de aprender logo nos anos iniciais é uma plataforma importante para assegurar este direito em todas as séries seguintes”, complementa.

Para isso, é fundamental que a Pré-escola tenha qualidade e não seja “apenas um local para deixar as crianças”, diz Klein. “Se a família não tem condições de dar os estímulos necessários, a escola teria que, de alguma maneira, fazer um pouco desse papel”.

Desigualdade educacional
A Prova ABC é uma avaliação inédita desenvolvida pelo Todos Pela Educação e por parceiros, e foi aplicada em 250 escolas das capitais do País no início deste ano. Os resultados mostram que 56,1% dos estudantes aprenderam o que era esperado em leitura, e 42,8% em matemática.

A avaliação apresentou também grande variação nos resultados entre as regiões do País e entre as redes de ensino pública e privada. Em matemática, por exemplo, entre o melhor e o pior desempenho das regiões há uma diferença de 33 pontos - a região Sul tem a melhor média, com 185,6 pontos, e a média mais baixa fica com a região Norte, com 152,6 pontos.

Para Priscila, é preciso pensar na Pré-escola como uma forma de diminuir a desigualdade educacional, já que umaboa Educação Infantil nivela as diferenças logo de partida. “Uma das funções da Educação é ser uma política compensatória e fazer com que todos tenham oportunidades. Nós precisamos enfrentar o desafio de diminuir as desigualdades educacionais, que já começam nos anos inicias do Fundamental. Se não conseguirmos corrigir essas distorções no início, dificilmente vamos conseguir mais pra frente“, opina.

Pré-escola de qualidade tem impacto positivo no aprendizado no Ensino Fundamental


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

♥ NOTÍCIA IMPORTANTE ♥

PROJETO DE LEI 267/11

A Câmara analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.

Indisciplina

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que em muitos casos acabam em punição.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta: PL-267/11

Autor: Agência Câmara

Fonte: JusBrasil