domingo, 17 de janeiro de 2010

Dica de Filme Educacional IV

Sinopse
Aos 6 anos de idade, Roberto Carlos Ramos é deixado em uma entidade assistencial por sua mãe, que tem a esperança de estar lhe proporcionando melhores condições de vida. Aos 13, porém, Roberto continua analfabeto, tem mais de 100 fugas e várias infrações no currículo e é considerado "irrecuperável". Mas o encontro com uma pedagoga mudará para sempre sua vida.

O contador de histórias

Acompanhe a entrevista feita com o pedagogo Roberto Carlos Ramos, o protagonista do filme O Contador de Histórias, dirigido por Luiz Villaça, feito pelo telefone para NOVA ESCOLA.

NOVA ESCOLA - Como foi a sua aproximação com o diretor Luiz Villaça?


ROBERTO CARLOS RAMOS
- Villaça estava lendo um livro infantil que escrevi para o filho dele. O filho dormiu, ele continuou a leitura, e acabou chegando em um trecho em que eu contava a minha história de vida. Ele achou tão interessante que no mesmo dia ele me procurou e propôs que fizéssemos um filme baseado nas minhas experiências.

NE - Você voltou à FEBEM depois de ter saído da instituição?


RCR
- Sim, fui estagiário quando estava estudando Pedagogia. Depois de formado, trabalhei como professor em diversas escolas. Hoje em dia, ainda sou ligado às crianças de lá, já que ajudo a criar ex-internos. Vinte e cinco meninos recém-saídos da FEBEM ou de orfanatos moraram comigo até hoje e adotei 13 deles. Minha intenção é proporcionar que eles possam ter oportunidades tão importantes como as que eu tive depois de ser adotado pela Margherit.

NE - Quando você começou a cuidar das crianças?


RCR
- Há 20 anos adotei o primeiro menino. Hoje ele é estudante universitário e trabalha como vendedor. Todos os que passam pela nossa casa se comprometem a continuar a ajuda com outras crianças.

NE - Qual o seu trabalho atual?


RCR
- Sou contador de histórias e trabalho como palestrante em empresas. Desde 1997 escrevo livros; já lancei quatro títulos infantis e adultos. Ainda em agosto devem ser republicados dois deles em um único exemplar: O Contador de Histórias e o A Arte de Construir Cidadãos. Acredito que aproveito uma habilidade que tenho desde criança: quando estava na FEBEM reclamavam que eu falava demais. Depois, Margherit me disse que eu não poderia deixar essa característica de lado. Foi por isso que me tornei contador de histórias.

Fonte - Revista Nova Escola -

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