sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Alfabetização - idéias para se trabalhar VIII -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Atividade

Ditado para escriba
O que é: a turma cria oralmente um texto num gênero específico – conto, carta, bilhete, receita, notícia etc. –, mesmo sem estar alfabetizada, e a professora escreve no quadro. É condição didática para a atividade as crianças conhecerem o gênero. Dessa forma, mesmo sem saber definir o que são uma carta ou um conto de fadas, a criança sabe diferenciá-los.

Quando propor: várias vezes por semana. Sempre que o uso da escrita se fizer necessário no dia-a-dia da sala de aula (escrita de bilhetes, convites etc.) e no desenvolvimento de projetos de leitura e escrita.

O que a criança aprende: ela se aprimora na linguagem escrita ao adaptar a linguagem oral (mais coloquial) às exigências de um texto no que se refere às suas características. Há ainda o trabalho de revisão dessa produção, eliminando palavras repetidas.

COMO MARILUCI TRABALHA


Proposta da atividade:
antes de convidar a turma a produzir coletivamente um conto de fadas já conhecido, Mariluci faz um aquecimento, pedindo que todos relembrem as características do gênero. O conto geralmente se passa num tempo distante e num local indefinido e traz adjetivos como “belo” e “terrível”.

A escrita de Chapeuzinho: na hora em que Mariluci pediu para a garotada ditar Chapeuzinho Vermelho, logo apareceram exemplos de expressões e vocabulário adquiridos com as leituras feitas por ela em classe. O começo, como era de esperar, foi “era uma vez”. Como a garotada já conhecia o enredo, o desafio era organizar as sugestões, fazendo perguntas para que a turma recontasse a história ditando na forma de texto. Enquanto escrevia no quadro, ela garantia que todos articipassem.

Revisão e conclusão: durante a escrita, Mariluci propõe diversas discussões com os alunos. Expressões típicas da linguagem oral, como “e daí”, são substituídas por “depois” ou simplesmente retiradas. Esse tipo de atividade é importante para que a garotada, mesmo sem dominar ainda o sistema de escrita, aprenda a compor um texto escrito, seja ele de que gênero for. No fim, ela propõe a releitura e a revisão do que se escreveu para identificar possíveis erros e também formas de melhorar o texto.

Alfabetização - idéias para se trabalhar VII -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Teoria

ACESSO À DIVERSIDADE DE TEXTOS


Para grande parte das crianças brasileiras, a escola representa o único meio de contato com o universo da escrita. Assim, cabe a você garantir a elas o acesso à maior diversidade possível de textos – literatura, reportagens, manuais de instruções, anúncios publicitários etc. Mais do que isso, é necessário apresentá-los no contexto em que são utilizados. Só assim os estudantes saberão como lidar de maneira adequada com cada um deles no dia-a-dia. “A criança deve saber que, socialmente, textos literários costumam ser lidos por prazer, diferentemente de um manual de montagem de um produto, que tem o objetivo prático de fazê-lo funcionar corretamente”, afirma Beatriz Gouveia.

Nas aulas, é necessário mostrar que um livro de literatura se lê passando página por página e olhando as ilustrações até chegar ao fim e que um dicionário – que também tem a forma de um livro – é útil para verificar a grafia das palavras. Já o jornal pode ser consultado, por exemplo, quando se quer ler uma notícia. Até mesmo o rótulo de um produto pressupõe comportamentos leitores específicos: ali podem ser buscados os ingredientes e o valor nutricional.

Sua tarefa é formar pessoas que tenham familiaridade com a leitura e seus propósitos, ou seja, que compreendam o que lêem e enxerguem nela uma maneira de se informar e se desenvolver pessoalmente.

Alfabetização - idéias para se trabalhar VI -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Atividade

Escrever para aprender a escrever
O que é: a escrita de textos memorizados – como cantigas, parlendas, trava -línguas e quadrinhas – ou de listas (de nomes, frutas, brinquedos etc.) que podem ser escritos com lápis e papel ou com letras móveis.

Quando propor: em dias alternados com as atividades de leitura para reflexão sobre o sistema de escrita (leia o quadro na página 38). A atividade deve ser realizada com alunos não alfabéticos. Para os alfabetizados, é aconselhável propor um trabalho sobre ortografia ou pontuação, uma vez que eles já sabem escrever.

O que a criança aprende: concentrada apenas no sistema de escrita – pois o
conteúdo ela já sabe de cor –, a criança pode se voltar apenas ao “como escrever”, pensando em quantas e quais letras usar. Ela se esforça para encontrar formas de representar graficamente o que necessita redigir, avançando no processo de alfabetização.

COMO MARILUCI TRABALHA


Organização da turma: a produção escrita é uma atividade em que a formação de agrupamentos produtivos tem ótimo resultado. Mariluci junta crianças com níveis próximos.Argumentando com o colega e trocando idéias, a criança não só consegue organizar sua concepção sobre a escrita como também repensá-la.

Desenvolvimento da atividade: em uma das aulas do mês de junho, a professora sugeriu que a turma escrevesse a letra da música Cai, Cai, Balão, já memorizada por todos. O desafio era escolher letras e formar as palavras necessárias para compor o texto com a ajuda do parceiro. Ao ver o colega começar o primeiro verso com A – quando deveria ser escrita a palavra “cai” –, uma menina sinalizou que não era essa a letra.“Coloca o C de cai!”, disse ela, encontrando certa desconfiança do parceiro. Mariluci interveio, pedindo que o aluno comparasse a palavra “cai” com um dos nomes da turma – Carina. “O começo das duas palavras não é parecido?”, perguntou. Dessa forma, os dois concordaram, escreveram a palavra e passaram adiante na tarefa.

Confirmar o que está escrito: uma última etapa é fundamental nessa atividade: a professora pede que os alunos leiam o que acabaram de produzir. Assim, há espaço para problematizar a diferença entre o que se lê e o que se escreve. Ela passa ao menos uma vez pelas carteiras no decorrer do trabalho. Ao perguntar a uma dupla o que já tinha escrito, soube que os três primeiros versos estavam ali representados.“E onde está escrito mão?”, indagou. Os dois se entreolharam. Um deles mostrou: “NU”. “Com que letra começa ‘mão’?”, perguntou Mariluci. “Com M!”, respondeu o outro aluno. “Não está faltando letra nesse verso, então?”, questionou ela, liberando os dois para discutir os próximos passos. Permitindo que os alunos trabalhem em dupla, ela deixa de ser a única informante válida na classe e ganha mobilidade para dar atenção a quem precisa de mais ajuda.

Alfabetização - idéias para se trabalhar V -


Fonte - Nova Escola Especal Alfabetização -

Teoria

AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS


Para toda criança, confrontar suas idéias com as dos colegas e oferecer e receber informações é essencial. Essa troca, que leva ao avanço na aprendizagem, precisa ser bem planejada. É essencial conhecer quanto os alunos já sabem sobre o desafio que será proposto, já que a organização da turma não pode ser aleatória. “Se o objetivo é que eles decidam conjuntamente sobre a escrita de um texto, é importante juntar os que apresentam níveis diferentes, mas próximos entre si, para que haja uma verdadeira troca”, afirma Beatriz Gouveia. Quando se reúnem crianças de níveis muito diferentes, acaba-se reproduzindo a situação escolar de “alguém que ‘sabe’ mais que os demais, obrigando os outros a uma atitude passiva de recepção”, como explica Ana Teberosky no livro Os Processos de Leitura e Escrita. Assim, numa situação de escrita, é possível organizar duplas com crianças de níveis diferentes, porém próximos, como as mostradas a seguir:

■ As de hipótese pré-silábica com as de hipótese silábica sem valor sonoro.
■ As de hipótese silábica sem valor com as de hipótese silábica com valor.
■ As de hipótese silábica com valor com as de hipótese silábico-alfabética.
■ Os já alfabéticos trabalham entre si.

Há os casos em que toda a turma pode atuar na mesma atividade, como a produção de texto oral com destino escrito, quando os alunos ditam para o professor ou a leitura pelo professor e posterior discussão pela classe.

O sucesso no trabalho com agrupamentos produtivos depende do tipo de tarefa: ela deve ser sempre desafiadora para que a turma use tudo o que sabe na sua resolução e, assim, possa evoluir. Atuar em duplas pressupõe também que as crianças já conheçam o conteúdo para fazer alguns progressos sem a intervenção direta e constante do professor (mesmo porque é impossível acompanhar todos, o tempo todo, em suas carteiras). Lembre: se os grupos têm níveis diferentes, você deve levar isso em conta também na hora de fazer suas intervenções para que eles estabeleçam novas relações. Isso vale para as perguntas que você fizer e também para as informações que der.

Alfabetização - idéias para se trabalhar IV -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Atividade

Ler para aprender a ler
O que é: a confrontação da criança com listas (de nomes, frutas, brinquedos etc.) e textos que ela conhece de cor – como cantigas, parlendas e trava-línguas –, propondo que neles ela encontre palavras ou “leia” trechos (antes mesmo de estar alfabetizada).

Quando propor: em dias alternados com as atividades de escrita (leia o quadro na página 41). A atividade deve ser realizada só com alunos não alfabéticos. Para os alfabetizados, é aconselhável propor outras tarefas de leitura, já que eles conseguem ler com autonomia.

O que a criança aprende: acompanhando o texto com o dedo enquanto recita os versos, o aluno busca meios de “descobrir” as palavras fazendo o ajuste do falado para o escrito. Isso acontece porque ele já sabe “o que” está escrito (condição para a realização da atividade) e precisa pensar somente no “onde”. Ele reconhece as primeiras letras e partes de palavras conhecidas ou identifica as que se repetem. Para isso, ele se vale de estratégias de leitura, como a antecipação. No caso das listas, ele prevê qual será determinada palavra por já conhecer o tema em questão – frutas, cores – e, no caso dos textos memorizados, por já saber o que está escrito. Outra estratégia é a verificação, que consiste na identificação de uma letra conhecida que esteja no começo ou no fim da palavra e que confirme a antecipação feita.

COMO MARILUCI TRABALHA


Escolha do texto:
Mariluci utiliza listas conhecidas pelos pequenos – como a de nomes da turma, que fica exposta na parede – e textos memorizados, como parlendas e canções. É condição didática dessa atividade saber o que está escrito para descobrir onde está escrito.

Proposta de leitura: individualmente ou em duplas, a professora pede que os alunos encontrem certas palavras em uma lista. Quando trabalha com a letra de uma canção, por exemplo, ela pede que todos leiam um verso para achar determinada palavra.

Intervenção da professora: durante a tarefa, ela roda pela classe para acompanhar como cada um ou cada dupla está se saindo e pede que uma criança encontre determinado termo no texto. “Onde está escrito ‘nariz’?”, questiona sobre o poema A Foca,de Vinicius de Moraes. A criança mostra a palavra correta, mas Mariluci pede uma justificativa. “Começa com N”, é a resposta.As perguntas são feitas a diversos alunos. Depois, ela convida um a um a ler o cartaz com o poema. Novamente, intervém em dificuldades específicas. Dessa forma, a professora provoca a reflexão e faz a turma avançar.

Alfabetizção - idéias para se trabalhar III -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Teoria

O VALOR DO DIAGNÓSTICO


Conhecer o nível em que está a turma é essencial durante a alfabetização – e no decorrer de toda a escolaridade. Percebendo os avanços e as dificuldades dos pequenos, você consegue planejar uma boa aula e propor atividades adequadas para levar cada um a se desenvolver ainda mais e chegar ao fim do ano lendo e escrevendo. Essa avaliação deve ser feita logo no início do ano e repetida no mínimo uma vez por bimestre.

Para realizá-la adequadamente, é preciso escolher como atividade algo que seja feito regularmente, como as listas – de frutas, cores, animais etc. “O professor deve, primeiro, avisar a turma sobre o tema da lista e depois ditar as palavras, sem marcar as sílabas”, explica a formadora Beatriz Gouveia. Como os alunos já conhecem o tema que deve ser posto no papel, os alunos podem pensar mais em como escrever (quantas e quais letras usar, por exemplo).

O Módulo 1 do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), do MEC, traz uma sugestão: ditar uma lista de quatro palavras (uma polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba e uma monossílaba). É preciso tomar o cuidado para que as sílabas próximas contenham vogais diferentes. Isso porque a maioria das crianças que começa a se familiarizar com o sistema de escrita inicia os registros apenas com vogais e acredita que é necessário usar letras diferentes para escrever. Portanto, se você ditar “arara”, muitos poderiam querer escrever A A A e achar que isso não faz sentido.

Como elas acham ainda que as palavras devem ter um número mínimo de letras – por volta de três –, se você ditar só monossílabos elas também podem se recusar a escrever. Veja aqui dois exemplos possíveis: itens para um lanche coletivo (refrigerante, manteiga, queijo, pão) e bichos vistos no zoológico (rinoceronte, camelo, zebra, boi). Com essas palavras, você provoca o estudante a refletir sobre a forma de representação.

Terminado o ditado, peça que cada um leia o que escreveu. “Essa leitura é tão ou mais importante do que a própria escrita, pois é ela que permite ao professor verificar se o aluno estabelece algum tipo de correspondência entre partes do falado e partes do escrito”, aponta o Profa. Para finalizar, registre tudo. Com esse material, fica mais fácil planejar atividades que façam os alunos avançar, acompanhar a evolução de cada um e montar os agrupamentos produtivos. É preciso lembrar também que, no dia-a-dia, mesmo sem essa sondagem, é possível verificar como a turma está se saindo individual e coletivamente.

Alfabetização - idéias para se trabalhar II -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Teoria

HIPÓTESES DE ESCRITA


De acordo com as pesquisas de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, já replicadas no mundo inteiro, as crianças elaboram diferentes hipóteses sobre o funcionamento do sistema de escrita – com quantas letras se escreve uma palavra, quais são elas e em que ordem elas aparecem. Na fase em que o aluno adota simplesmente o critério de que, para escrever, é preciso uma quantidade de letras (no mínimo três) diferentes entre si, a hipótese é considerada pré-silábica. Quando passa a registrar uma letra para cada emissão sonora, ela está no nível silábico – inicialmente sem valor sonoro e depois com a correspondência sonora nas vogais e/ou nas consoantes. Na hipótese silábico-alfabética, as escritas incluem sílabas representadas com uma única letra e outras com mais de uma letra. E, finalmente, quando começa a representar cada fonema com uma letra, considera-se que ele compreende o princípio alfabético de nossa escrita. No entanto, mesmo nessa fase, os alunos ainda apresentam erros de ortografia.

Veja como poderia ser a escrita da palavra camiseta de acordo com cada hipótese:


■ Pré-silábica: P B V A Y O
■ Silábica sem valor sonoro: E R F E
■ Silábica com valor sonoro: K I Z T
■ Silábico-alfabética: K A I Z T A
■ Alfabética: C A M I Z E T A

Nesse último exemplo, temos o que já seria considerada uma escrita alfabética, mas ainda com um erro ortográfico, que precisa ser trabalhado pela professora.

Alfabetização - idéias para se trabalhar -


Fonte - Nova Escola Especial Alfabetização -

Atividade

Leitura para a classe
O que é: o professor organiza a turma em uma roda e faz a leitura em voz alta de diferentes tipos de texto (contos, poemas, notícias, receitas, cartas etc.).

Quando propor: diariamente, tomando o cuidado de trabalhar cada tipo de texto várias vezes, para que a turma se familiarize com ele, e de variar os gêneros, para que o repertório se amplie.

O que a criança aprende: esse é o principal canal de acesso ao mundo da escrita, essencial para os filhos de pais analfabetos ou que têm pouco contato em casa com livros, revistas e outros materiais. Na atividade, a criança se familiariza com a linguagem dos livros (onde há histórias que divertem), dos jornais (que trazem notícias), dos manuais (que ensinam a usar um aparelho) etc.Assim, ela aprende que cada um é produzido e apresentado de uma forma diferente e, assim, começa a perceber a diferença entre a língua falada e a escrita.

COMO MARILUCI TRABALHA

Escolha do material: nesse momento diário de contato com materiais impressos, Mariluci familiariza os alunos com vários tipos de texto. Reportagens de jornal, por exemplo, têm a função de informar sobre as notícias da cidade, do Brasil e do mundo. Os folhetos informativos, por sua vez, trazem listas de produtos em oferta nos supermercados. A escolha do texto é coerente com o objetivo de trabalho que ela estabelece para cada dia. Os livros infantis, no entanto, têm lugar de destaque na rotina de Mariluci. Na hora da determinar o que será lido, ela se pauta pela qualidade literária da obra e não por seu tamanho – livro para crianças pequenas não precisa ser curto. A professora lê os tradicionais contos de fadas,mas também leva para a sala histórias de autores atuais.

Organização da turma e apresentação do material: ao propor a formação de uma roda, ela já sinaliza à turma que a atividade tem uma dinâmica diferente, que pressupõe interação e diálogo. Mais próximos uns dos outros, porém, os pequenos podem desviar a atenção com facilidade. Por isso, é essencial garantir que todos se interessem pela leitura antes de iniciá-la. Quando vai ler um livro de histórias, Mariluci sempre mostra a ilustração da capa e pergunta quem saberia dizer qual é o título.Alguns se arriscam baseados na ilustração.Depois que todos já sabem o nome da obra, ela pede que todos falem de que imaginam tratar o enredo.

Leitura do texto: a professora capricha na entonação – principalmente na fala dos personagens – para criar dramaticidade e dar ritmo à leitura. A cada trecho importante, mostra as ilustrações da página para toda a roda. As etapas da trama ganham também comentários pessoais – “que complicação!” –, num momento de dificuldade vivido pelo protagonista, e rápidas recapitulações para chamar a atenção no decorrer da atividade. Mesmo que haja palavras difíceis, ela não faz nenhuma simplificação, pois é só dessa forma que o vocabulário das crianças se amplia.

Discussão final: a atividade termina com Mariluci abrindo espaço para que todos se manifestem sobre o que foi lido. No caso do livro de histórias, quais foram os trechos preferidos? Que partes cada um achou mais engraçadas? Ela sempre pergunta, nesse momento, se alguém tem alguma dúvida sobre o texto e gostaria de apresentá-la aos colegas. Assim, vão aparecendo diferentes impressões sobre a trama. A atividade reproduz o que acontece com os adultos. Quando lemos um livro por prazer, não respondemos a nenhum questionário, mas sempre fazemos comentários com parentes e amigos, seja para indicar a leitura, seja para discutir algo polêmico ou marcante da narrativa.

sábado, 7 de novembro de 2009

Variar textos: a melhor receita para formar leitores








Algumas atividades simples, aplicadas já nas primeiras séries, ajudam as crianças a interpretar textos de todas as disciplinas

Formar leitores é uma tarefa que começa cedo e deve continuar sempre. Na edição passada, ESCOLA já mostrou (na reportagem "Bons leitores são bons alunos em qualquer disciplina") que o desenvolvimento da leitura e da escrita não pode ser feito apenas pelo professor de Língua Portuguesa. A tarefa é responsabilidade de todas as áreas, porque cada uma tem textos com características específicas. Mas como deve agir o professor de 1ª a 4ª série, que leciona todas as matérias? E o especialista, que apresenta aos alunos os textos mais específicos de cada área? A recomendação é a mesma para os dois: colocar a garotada em contato com diferentes tipos de texto. Quanto mais cedo a turma começa a conviver com uma variedade de estilos, gêneros e assuntos, mais autonomia de leitura ganha. Por isso, não é necessário esperar a 5ªsérie, quando a garotada vai ter vários professores, para desenvolver em classe atividades de leitura com textos científicos, por exemplo.




Alunos podem enfrentar textos considerados difíceis







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Uma criança tem autonomia de leitura quando enfrenta - e não contorna - as dificuldades naturais de compreensão diante de um texto. "O pior que o professor pode fazer quando a classe considera uma leitura complicada é deixá-la de lado e tentar resolver o assunto na base da saliva e do giz", diz Maria José Nóbrega, consultora de língua portuguesa, de São Paulo. "Fazendo isso, ele constrói uma armadilha, porque só aprofunda as barreiras que o aluno já tem."

Se os estudantes não entendem um texto, o professor pode lê-lo com eles, esclarecer as dúvidas e mostrar como fazer relações que permitam a compreensão. Se, mesmo assim, a classe achar complicado, não há problema em recorrer a um texto mais simples. "Ele vai funcionar como trampolim para leituras mais complexas", diz Maria José.

E o texto que a turma achou difícil? Ele deve ser retomado mais adiante. É preciso "forçar" um pouco para que o estudante se acostume a diferentes modos de escrever e até goste dessas novidades. Maria José cita as três principais estratégias para ajudar a compreender bem um texto: localizar informações, estabelecer relações (entre diferentes trechos do texto, por exemplo) e fazer inferências (como deduzir o sentido de palavras desconhecidas e destacar ironias ou pressuposições do autor).

O que é preciso para desenvolver a leitura




Como trabalhar a compreensão de textos específicos de cada disciplina com uma classe que não tem familiaridade com o vocabulário e os conceitos da área? Primeiro é preciso saber até que ponto os alunos dominam um texto sozinhos. É importante avaliar ainda o que eles já sabem sobre o tema.

Terminado esse trabalho de observação, você está pronto para conversar com a classe sobre as expectativas em relação ao trabalho de leitura. A turma deve saber previamente o objetivo do texto - se pretende entreter, informar, descrever etc. Isso é fundamental para facilitar a compreensão. Uma recomendação valiosa para as crianças: avaliar sempre se estão acompanhando o texto ou perderam o fio da meada. Maria José faz um último alerta: não há uma única interpretação. "O professor não pode esperar que os alunos compreendam o mesmo que ele. A turma deve aprender a tirar as próprias conclusões."

Escola começa leitura de Ciências na 2ª série




Na Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Embaixador Assis Chateaubriand, em Osasco (SP), ligada à Fundação Bradesco, os professores desenvolvem um projeto com muita troca de informação para aperfeiçoar a leitura nas turmas de 2ª a 4ª série. Já na 2ª série começa o contato com textos de divulgação científica, tirados (e, se necessário, adaptados) de revistas, livros ou enciclopédias. Após a leitura, alguns esclarecimentos e discussões, os estudantes preenchem esquemas montados pelos professores em que identificam o assunto principal do texto e o modo como ele é organizado.

Esses esquemas se tornam mais complexos nas séries seguintes. Aos poucos, a esquematização do texto vai ficando por conta dos próprios estudantes, que passam a definir o tema principal e seus desdobramentos.

Finalmente na 4ª série, os resumos são trabalhados. "Os alunos usam para isso a experiência da esquematização - não para resumir o texto por partes, mas para compreender sua lógica e reescrevê-lo de modo sintético", explica Sílvia Juhas, supervisora pedagógica da Fundação Bradesco.

Durante as três séries, o professor sugere e acompanha procedimentos de leitura, como sublinhar o texto e fazer anotações nas margens. "Vamos discutindo hábitos de estudo", diz a professora Ivani Ferreira de Oliveira, da 3ª série. Ela ajuda os alunos a construir os esquemas, organizar bancos de palavras que antes desconheciam e fazer pesquisas. Depois, pede para eles pesquisarem outros meios de compreender um texto, como elaborar perguntas e organizar esquemas, e incentiva cada um a escolher os que prefere. A resposta vem rapidamente: já no segundo bimestre, a turma produz os primeiros artigos sobre ciência.




Quer saber mais?




CONTATOS




Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Embaixador Assis Chateaubriand (Fundação Bradesco), Cidade de Deus, s/n, 06029-900, Osasco, SP, tel. (11) 3684-5172

BIBLIOGRAFIA




Escola, Leitura e Produção de Textos, Ana Maria Kaufman e Maria Elena Rodriguez, 180 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-7033444, 38 reais

Estratégias de Leitura, Isabel Solé, 194 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 42 reais

Leitura: Ensino e Pesquisa, Angela Kleiman, 216 págs., Ed. Pontes, tel. (19) 3252-6011, 45 reais




Fonte - Nova Escola





domingo, 1 de novembro de 2009

Inclusão


Inclusão promove a justiça

Para a educadora Maria Teresa Égler Mantoan, na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa


Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular. A educadora mudou de idéia em 1989, durante uma viagem a Portugal. Lá, viu pela primeira vez uma experiência em inclusão bem-sucedida. "Passei o dia com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas", conta. No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. "Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria?" Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. "E ele, então, dançou para mim." Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 é professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas deixou de se concentrar nas deficiências para ser uma estudiosa das diferenças. Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que dê oportunidade para todos, sem qualquer tipo de discriminação, começa na escola.

O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.

Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.

O que faz uma escola ser inclusiva?
Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.

Como está a inclusão no Brasil hoje?
Estamos caminhando devagar. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola , que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização.

A escola precisa se adaptar para a inclusão?
Além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. Assim, uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola.

Como garantir atendimento especializado se a escola não oferece condições?
A escola pública que não recebe apoio pedagógico ou verba tem como opção fazer parcerias com entidades de educação especial, disponíveis na maioria das redes. Enquanto isso, a direção tem que continuar exigindo dos dirigentes o apoio previsto em lei. Na particular, o serviço especializado também pode vir por meio de parcerias e deve ser oferecido sem ônus para os pais.

Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular?
Sem dúvida. A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação, e os mais excluídos sempre são os que têm deficiências graves. No Canadá, vi um garoto que ia de maca para a escola e, apesar do raciocínio comprometido, era respeitado pelos colegas, integrado à turma e participativo. Há casos, no entanto, em que a criança não consegue interagir porque está em surto e precisa ser tratada. Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-la a um tratamento, é importante manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.

A avaliação de alunos com deficiência mental deve ser diferenciada?
Não. Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. Ele deve dizer o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida. Avaliar estudantes emancipados é, por exemplo, pedir para que eles próprios inventem uma prova. Assim, mostram o quanto assimilaram um conteúdo. Aplicar testes com consulta também é muito mais produtivo do que cobrar decoreba. A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação com os demais.

Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência?
Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo.

Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais?
É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente.

O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas?
Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei.

Há fiscalização para garantir que as escolas sejam inclusivas?
O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para colocar tudo isso em prática.

Quer saber mais?

Bibliografia
Direitos das pessoas com deficiência: garantia de igualdade na diversidade, Eugênia Augusta Fávero, 342 págs., Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610, 40 reais

Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer?, Maria Teresa Eglér Mantoan, 96 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172002, 11 reais


Fonte - Nova Escola -

O sucesso da Mala - Para reflerir


Respiro ofegante. Trago nas mãos uma pequena mala e uma agenda tinindo de nova. É meu primeiro dia de aula. Venho substituir uma professora que teve que se ausentar "por motivo de força maior". Entro timidamente na sala dos professores e sou encarada por todos. Uma das colegas, tentando me deixar mais à vontade, pergunta:

- É você que veio substituir a Edith?

- Sim - respondo num fio de voz.

- Fala forte, querida, caso contrário vai ser tragada pelos alunos - e morre de rir.

- Ela nem imagina o que a espera, não é mesmo? - e a equipe toda se diverte com a minha cara.

Convidada a me sentar, aceito para não parecer antipática. Eles continuam a conversar como se eu não estivesse ali. Até que, finalmente, toca o sinal. É hora de começar a aula. Pego meu material e percebo que me olham curiosos para saber o que tenho dentro da mala. Antes que me perguntem, acelero o passo e sigo para a sala de aula. Entro e vejo um montão de olhinhos curiosos a me analisar que, em seguida, se voltam para a maleta. Eu a coloco em cima da mesa e a abro sem deixar que vejam o que há lá dentro.

- O que tem aí, professora?

- Em breve vocês saberão.

No fim do dia, fecho a mala, junto minhas coisas e saio. No dia seguinte, me comporto da mesma maneira, e no outro e no noutro... As aulas correm bem e sinto que conquistei a classe, que participa com muito interesse. Os professores já não me encaram. A mala, porém, continua sendo alvo de olhares curiosos.

Chego à escola no meu último dia de aula. A titular da turma voltará na semana seguinte. Na sala dos professores ouço a pergunta guardada há tantos dias:

- Afinal, o que você guarda de tão mágico dentro dessa mala que conseguiu modificar a sala em tão pouco tempo?

- Podem olhar - respondo, abrindo o fecho.

- Mas não tem nada aí! - comentam.

- O essencial é invisível aos olhos. Aqui guardo o meu melhor.

Todos ficam me olhando. Parecem estar pensando no que eu disse. Pego meu material, me despeço e saio.

Fonte - Revista Nova Escola

Uma das mais belas histórias Infantis


A Bela e a Fera - Irmãos Grimm

Sintese do livro

Era uma vez um comerciante que morava com suas filhas, uma era tão bonita que o seu nome era Bela. Um dia quando ele foi viajar perguntou o que elas queriam as duas mais velhas queriam vestidos e jóias e Bela só uma rosa.
Voltando da viagem, o mercador viu um castelo com um lindo jardim cheio de flores.Resolveu levar uma rosa para Bela.
Quando ele pegou a rosa daquele jardim, uma fera apareceu e disse:
-Você não devia mexer no meu jardim,entao vai ser meu prisioneiro!
O homem respondeu:
-Perdão senhor, era um presente para minha filha!
Mas a fera não queria nem saber, pois estava furiosa.
O homem então pediu para a fera deixar ele se despedir de suas filhas , e a Fera deixou .
Chegando em sua casa chorou, porque sua filha Bela ficaria sozinha no mundo.Pois as outras ja podiam se virar e nao queriam saber de Bela nenhuma .
Bela então disse:
-Papai, deixe-me ir com você, quero falar com a fera.
-Não adianta, minha filha!
Disse o comerciante.Mas Bela tanto insistiu que o pai a levou com ele.
Chegando no castelo,bela disse para a fera:
-Deixe meu pai ir embora, ele está velho e doente, eu fico no lugar dele.
A fera concordou e o pai de Bela foi embora.Os dias passavam no castelo.A fera, mesmo sendo muito feia, era boa e gentil com Bela.Um dia a fera deixou Bela ir visitar seu pai.
Quando Bela voltou, encontrou a Fera muito doente.Bela assustada disse:
-Fera, não morra, estou aqui! Eu te amo!E beijou o rosto da Fera.
No mesmo instante, começou na fera uma transformação.A fera deixou de existir e em seu lugar surgiu um lindo príncipe.
O príncipe contou para Bela que uma bruxa o enfeitiçou e ele só voltaria ao normal com um beijo de amor.
Quebrado o encanto, o príncipe e a Bela se casaram e foram felizes para sempre !

domingo, 27 de setembro de 2009

Dica de Livro II


Limites: Entre o prazer de dizer sim e o DEVER de dizer não.


Como dizer NÃO


Dar limites a crianças e adolescentes é um dos grandes dilemas da Educação moderna - e o consenso acaba aí.

Inseguras, culpadas ou sem tempo para filhos, muitas famílias delegam à escola a tarefa de frear certos comportamentos dos jovens. Vinte e oito especialistas de várias áreas sugerem formas de como o educaador lidar em situações diversas.

O bom PROFESSOR é aqule que...




... domina a disciplina que ensina;




... aprimora seus conhecimentos;




... ensina todos os alunos - não deixa nenhum para trás. Todos são capazes de aprender, apesar de terem diferentes ritmos uns dos outros.

domingo, 6 de setembro de 2009

Outro exemplo de Sequência Didática - com Leitura -


Você pode ler o mesmo livro mais de uma vez, para que a criança se aproprie do livro e da leitura. Por exemplo: leia o livro - dependendo do tamanho do livro o divida em várias partes - , depois vem a leitura com interferência - você ler e para em determinado ponto e pedi a criança para continua recontando, depois você volta e ler mais um trecho e para novamente e pedi a criança para dá continuidade...e assim sucessivamente - na etapa seguinte você ler o livro novamente e para finalizar esta sequência você, pedi as crianças para recontar a história. Também pode pedir, as crianças para recontar a histórias além de oral por escrito. Eu já fiz, esta sequência orientada pela minha coordenadora e percebi como minhas crianças ampliaram seu repertório de histórias, pois realmente no final desta sequência eles tem se apropriado dela - história - .

O tempo estimado desta sequência, vai depender do ritmo da sua turminha a minha é 1º série...e eles pegam muito rápido as coisas e com isso meu trabalho é facilitado.

Boa Sorte e Boas Leituras.

Comparando diferentes versões ( exemplo ) de Chapeuzinho Vermelho ( part IV )


ATIVIDADE 1


Leitura da primeira versão da história Irmãos Grimm Logo ao iniciar a seqüência, o professor comunica às crianças qual será o procedimento a ser seguido por ele e por seus ouvintes, de forma a assegurar que a narrativa seja compreendida e apreciada. Ele informa que lerá outras versões da mesma história, compartilhando com a turma como será realizado o trabalho. A primeira etapa da seqüência consiste na leitura pelo professor da primeira versão da obra escolhida. É importante, nesse momento, considerar as orientações anteriores, em relação ao preparo prévio da leitura e das intervenções a serem realizadas durante a atividade. A história é curta e pode ser lida de uma única vez. Se houver mais de um exemplar do livro na escola, ele pode ser disponibilizado na sala de aula para que as crianças os manuseiem, apreciem as ilustrações e leiam no próprio texto, mesmo sem saber ler convencionalmente. Após a leitura, quando o professor estiver certo de que as crianças já comentaram a respeito de tudo o que gostariam, ele coordena uma atividade para propor a análise de recursos lingüísticos que tornam a obra singular e atraente para o leitor. Pode, inclusive, realizar um registro das conclusões do grupo acerca de suas principais características o que será útil nas etapas seguintes da seqüência. Um recurso que pode ser destacado da primeira versão lida são as descrições das personagens e cenários. Caso tais características não tenham sido notadas pelas crianças, o professor pode chamar a atenção para elas, relendo algumas descrições e conversando sobre a linguagem literária e os efeitos que ela produz no leitor. Como o autor descreve o lobo no início da história, como ela estava? (faminto) Quais foram os recursos utilizados pelo autor para descrever a floresta? O que o lobo diz à Chapeuzinho quando eles se encontram pela primeira vez? O que o lobo usou para fingir ser a avó da menina? Como o autor descreve a localização da casa da avó? O que fez Chapeuzinho perceber que a avó estava com um aspecto muito esquisito?


ATIVIDADE 2


Leitura da segunda versão da história Charles Perrault As histórias escritas pelos irmãos Grimm defendem valores como a bondade, o trabalho e a verdade. Em seus contos, as pessoas bondosas são premiadas e as maldosas são castigadas. Nem sempre isso ocorre na vida real, mas, na literatura destes autores, quem merece sempre ganha um final feliz. Já nesta versão de Charles Perrault, o desfecho da história é um pouco diferente. Chapeuzinho não tem um final feliz, pois acaba devorada pelo lobo, assim como sua avó. Na segunda etapa da seqüência o professor realiza a leitura desta versão. Assim como na primeira etapa, as orientações para o seu encaminhamento são as descritas anteriormente no item "A leitura pelo professor". Quando a leitura estiver concluída, o professor propõe a comparação entre as duas versões, retomando as características destacadas na análise registrada anteriormente. Nesse momento, o professor pode também registrar as conclusões das crianças a respeito das características das duas versões, relendo trechos e chamando a atenção para as semelhanças e diferenças na trama e no texto. O que acontece no primeiro encontro entre a menina e o lobo numa versão e em outra? Como é o diálogo entre eles em cada uma das versões? Vamos comparar as diferentes descrições sobre a localização da casa da vovó? Vamos ver como os autores descreveram a Chapeuzinho em cada uma das versões? Quais são os diferentes acontecimentos que chamam a atenção e distraem Chapeuzinho Vermelho a caminho da casa de sua avó? As recomendações da mãe no início da história são diferentes nas duas versões? Que fim levou o lobo nas duas versões?


ATIVIDADE 3


Leitura da terceira versão da história Nesta última etapa da seqüência o professor encaminha a leitura de uma terceira versão do conto. Assim que o grupo se familiarizar com a nova versão, deve ser incentivado a conversar sobre ela. É quase certo que estabelecerão, espontaneamente, relações comparativas com as duas outras versões já trabalhadas, identificando semelhanças e diferenças. Mesmo assim, o professor pode focar suas observações em outros aspectos, voltando, com as crianças, aos registros feitos anteriormente. Nesta terceira versão, do ponto de vista do conteúdo da história, ao invés de comer a avó o lobo a tranca dentro do armário e também não chega a comer Chapeuzinho, que pede ajuda e é socorrida pelos caçadores da floresta. Além desta diferença evidente na trama, o professor poderá continuar discutindo aspectos formais do texto, ao propor um levantamento dos fatos que se conservaram nas três versões e das diferenças no texto escrito, destacando o estilo de cada autor/tradutor/adaptação. Exemplos de questões que podem disparar essa análise: A mamãe pede para Chapeuzinho Vermelho levar comida à vovó. O que diz a mãe agora, nesta terceira versão? Chapeuzinho Vermelho se encontra com o lobo no bosque. Como cada autor relata o diálogo entre eles? Chapeuzinho caminha pela floresta - como este cenário é descrito, o que há em cada um dos textos? O lobo engana Chapeuzinho Vermelho e chega antes dela à casa da vovó. O que diz a ela para enganá-la nessa versão? Quando chega, Chapeuzinho Vermelho faz perguntas ao lobo, que está deitado na cama da vovó. Há diferenças nas perguntas e respostas deste diálogo em comparação com as outras versões? O que acontece na história assim que o lobo chega na casa da vovó? Quais as principais diferenças?


Avaliação


O professor pode acompanhar a ampliação das aprendizagens das crianças nesta seqüência, nas demais situações de leitura e produção de texto propostas em sua rotina. É importante que elas continuem refletindo sobre os aspectos característicos da linguagem dos contos clássicos, comparem essa linguagem com a de outros gêneros, utilizem esse conhecimento em suas próprias produções textuais etc. Um trabalho semelhante ao desenvolvido nessa seqüência também pode ser realizado com diferentes versões de outros contos, como João e Maria, Branca de Neve, A Bela Adormecida e O Gato de Botas, entre outros.

Comparando diferentes versões ( exemplo ) de Chapeuzinho Vermelho ( part III )



Objetivos:


Valorização da leitura de textos literários de qualidade.Desenvolvimento do gosto pessoal e de critérios de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.


Conteúdo:


Leitura


Ano:


Pré-escola e Fundamental


Tempo estimado:


2 meses


Material necessário:


Três versões diferentes da história de Chapeuzinho Vermelho, sendo que a primeira deve ser dos irmãos Grimm e a segunda de Charles Perrault.


Desenvolvimento:


As situações que compõem a seqüência são as seguintes: Leitura (feita pelo professor à classe) de uma boa versão da história para exploração dos aspectoslingüísticos característicos dos contos. Leitura (feita pelo professor à classe) de uma segunda versão para possíveis comparações entre as versões lidas e análise de diferentes tramas e linguagens dos contos e autores. Leitura (feita pelo professor à classe), de uma terceira versão do conto. Além de contribuir para a aprendizagem de comportamentos leitores, as leituras feitas nesta seqüência de atividades implicarão certos comportamentos específicos que poderão ser postos em prática, como: Comentar o que se leu. Compartilhar com outros os efeitos, sensações, sentimentos que os textos produzem. Confrontar interpretações e pontos de vista. Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos. Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto. Ler durante um período, interrompendo a leitura quando necessário. Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida. Recordar os últimos acontecimentos narrados, por meio da leitura de alguns parágrafos anteriores. Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o desenrolar da narrativa. Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem. Recuar no texto para recuperar aspectos relevantes e, assim, compreender melhor uma situação ou, ainda, para dar mais atenção a uma informação importante. Comparar as personagens, ambientes e situações das diferentes versões. Comparar as narrativas lidas com outros textos do gênero, outros autores etc. Reconhecer certos recursos lingüísticos próprios de um autor, uma versão. Identificar recursos lingüísticos adequados a determinadas situações comunicativas ou intenções do escritor.

Comparando diferentes versões ( exemplo ) de Chapeuzinho Vermelho ( part II )


A leitura pelo professor


Quando o professor lê para as crianças, mostra-lhes seu próprio comportamento leitor e contribui para que se familiarizem com o universo letrado. Por isso, é fundamental que ele prepare sua leitura ensaiando em voz alta, planejando intervenções para fazer antes, durante ou depois da leitura, antecipando a organização do espaço e a disposição das crianças, e, ainda, determinando o momento estratégico em que interromperá a leitura (para continuar num momento seguinte). Ao trazer um material para ler para a classe, o professor também cuida da apresentação adequada do livro, oferece informações que servem para contextualizar a obra e despertar o interesse em conhecê-la e justifica a escolha feita. Durante a leitura, ao fazer uma interrupção, o professor pode retomar os fatos anteriores para que as crianças não percam a seqüência narrativa. Pode-se solicitar a elas que procurem se lembrar dos últimos acontecimentos e os relatem de forma organizada. Cada uma conta aos colegas sua lembrança e, assim, o grupo vai reconstruindo a narrativa que acabou de conhecer. O professor ajuda, recontando passagens. Quando surgirem dúvidas sobre algum episódio, pode-se recorrer ao livro para esclarecê-las por meio da leitura do trecho a que se referem. O professor compartilha com as crianças seu comportamento leitor (explicitando diferentes aspectos do que faz enquanto lê). Por exemplo, nas duas primeiras versões, dois procedimentos usuais, próprios de leitores experientes, poderão ser destacados: o uso do índice e do marcador de livro, já que os contos selecionados fazem parte de uma coletânea. É preciso também assegurar um espaço para que a turma se manifeste a respeito do texto lido, dialogue com ele, dando-lhe, coletivamente, um sentido. Isso pode ser feito por meio de uma conversa em que cada ouvinte compartilha com os demais aquilo que desejar: as lembranças; os sentimentos e experiências suscitadas durante a leitura; os trechos mais marcantes; uma característica do texto que tenha reparado; uma dúvida ocorrida; uma hipótese confirmada ou não durante a leitura, etc. O professor se coloca como participante ativo da conversa, compartilhando suas impressões sobre o que leu, sobre relações com outros textos conhecidos pelo grupo ou com outros fatos. Ao ouvir as opiniões das crianças, o professor possivelmente irá deparar com diferentes interpretações do que foi lido. Isso deve ser respeitado, porque, nesse caso, não há respostas corretas ou incorretas. Como todos os textos literários, a história de Chapeuzinho Vermelho permite ao leitor criar algumas interpretações enquanto lê. Nessas conversas com as crianças, o professor pode ter como foco aspectos retóricos do texto. Prestando atenção neles, o grupo poderá perceber que, por meio da forma pela qual os acontecimentos são narrados, o autor direciona a interpretação sobre determinadas passagens. Por exemplo: pode-se perguntar às crianças se elas acham que o lobo está tentando enganar Chapeuzinho, e chamar a atenção para a forma como o autor descreve suas falas e intenções. É importante salientar que mesmo que o conto trate de questões ligadas à moralidade, não é aconselhável utilizar sua leitura como um pretexto para oferecer às crianças lições de moral, nem tampouco para impor a opinião do professor sobre, por exemplo, as atitudes da personagem principal. O foco desta atividade é voltar-se para o texto em si, para que as crianças possam se aproximar da linguagem escrita e desenvolvam comportamentos de leitor.

Comparando diferentes versões ( exemplo ) de Chapeuzinho Vermelho


Introdução:


A presença regular de situações em que o professor lê livros de literatura para a turma é recomendável por uma série de motivos. Ao ter contato com essas obras, a criança pode apreciar a leitura; aproximar-se da linguagem desses textos; reconhecer características do portador; inteirar-se sobre o autor e identificar-se com personagens, além de construir critérios pessoais de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.


Ao lado de outras modalidades organizativas dos conteúdos de leitura e escrita - como os projetos didáticos e as atividades permanentes essa seqüência pretende contribuir para a valorização da leitura de textos literários de qualidade e o desenvolvimento do gosto pessoal do leitor. Com a sua realização, as crianças serão colocadas, desde o início da escolaridade, no lugar de leitores que interagem e pensam sobre a linguagem que se escreve, tendo o professor como um modelo de leitor que os auxiliará nessa conquista.


A escolha do conto Chapeuzinho Vermelho


Chapeuzinho Vermelho é uma das narrativas de referência entre os clássicos infantis. De tradição oral, foi publicada pela primeira vez no ano de 1697, pelo escritor francês Charles Perrault. Desde então, o conto é apresentado em diferentes versões, traduções e adaptações, que têm marcado a infância das crianças nos mais diferentes países e épocas. Uma das versões mais conhecidas e traduzidas, inclusive para o português, foi escrita em 1812 pelos Irmãos Grimm. Nesta seqüência de atividades, as crianças serão convidadas a comparar três diferentes versões do conto, que serão lidas pelo professor dentro de um intervalo de tempo. A escolha das três tem como critério a garantia da qualidade literária. Dentre elas, estão duas das principais: de Grimm e Perrault. Essa seleção visa garantir a comparação entre as tramas e a análise dos recursos lingüísticos utilizados pelos autores. A comparação de versões de um mesmo texto consiste em uma prática usual do leitor. Ela permite estabelecer critérios de escolha de uma leitura e realizar indicações literárias. Neste trabalho, as comparações serão inicialmente coordenadas pelo professor, que fará intervenções para os alunos atentarem para outros aspectos da obra além dos que normalmente levam em conta. O professor também irá destacar recursos lingüísticos utilizados pelo autor, tradutor ou adaptação.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dica de filme educacional III


O Aleijadinho


Sinopse -


Além de revelar a intimidade do artista, sua formação de escultor e arquiteto, o filme também enfatiza o relacionamento amoroso de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, com a bela Helena, os conflitos políticos com o pai, a amizade com o Inconfidente Cláudio Manoel da Costa, através de quem conhece detalhes da revolta Histórica da Inconfidência Mineira, além da misteriosa doença que adquire aos 47 anos de idade. Doença que o aflige pelo resto da vida, e que apesar de enormes sofrimentos, não o impede de trabalhar até os 76 anos, com os instrumentos que seus três fiéis auxiliares lhe amarram nas mãos. Aleijadinho vive os dois últimos e dolorosos anos de sua vida, entrevado num quarto, levando-o, nos momentos de desespero a "apostrofar o Cristo que ele tanto amara e esculpira em obras imortais, pedindo que sobre si pusesse os seus divinos pés."


Bom filme e boas reflexões.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A importância do brincar




Todo ser humano pode beneficiar-se de brincadeiras e jogos, tanto pelo aspecto lúdico, de diversão e prazer, quanto pelo aspecto da aprendizagem. Brincando, desenvolvemos várias capacidades, exploramos e refletimos sobre a realidade, a cultura na qual vivemos, incorporamos e, ao mesmo tempo, questionamos regras e papeis sociais. Podemos dizer que nas brincadeiras ultrapassamos a realidade, transformando-a através da imaginação. A incorporação de brincadeiras na prática pedagógica desenvolve diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para aplicação da rede de significados construtivos tanto para crianças quanto para jovens e adultos. As brincadeiras funcionam como exercícios necessários e úteis a vida. O exercício de brincar possibilita assegurar a sobrevivência de sonhos e promover uma construção de conhecimentos vinculados ao prazer de viver e aprender de uma forma natural e agradável. Atividades lúdicas As atividades lúdicas são a essência da infância. Por isso, ao abordar esse tema, não podemos deixar de nos referimos à criança. Ao retomar a história e evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase adulto, ou adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes baixa o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil no trabalho, colaborando na geração de renda familiar. Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinha a conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio. Cada época e cada cultura têm uma visão diferente de infância, mas a que mais predominou foi a da criança como ser inocente, inacabado e incompleto, um ser em miniatura, dando a criança uma visão negativa. Entretanto, já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma conotação diferente para infância, mas suas idéias vieram ser afirmar no século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial com especificidades, características e necessidades próprias. Foi preciso que houvesse uma profunda mudança na imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos. O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico. Dentre as contribuições desses estudos podemos destacar:
As atividades lúdicas possibilitam fomentar a “resiliência”, pois permitem a formação do autoconceito positivo; As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através dessas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convivem socialmente e opera mentalmente; O brinquedo e o jogo são produtos da cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade; Brincar é uma necessidade básica assim como a nutrição, a saúde, habitação e a educação; Brincar ajuda acriança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas desenvolve expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento; O jogo é essencial para a saúde física e mental;
O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário. Portanto, ao valorizar a atividade lúdica, a reforçamos como atividade natural, espontânea e necessária a todas as crianças, tanto que o BRINCAR é um direito da criança reconhecido em declarações, convenções e leis a nível mundial. É o papel do professor estimular a criança a conhecer cada vez mais o seu meio físico e social. Mas existem brincadeiras para isto? É claro. Em primeiro lugar, deve-se visualizar com clareza os objetivos a serem alcançados com as atividades e as noções a serem desenvolvidas com a criança. Em seguida providenciar o material necessário. Finalmente, montar a “brincadeira”, ou seja, apresentara atividade de forma lúdica, desafiando a imaginação e a curiosidade de seus alunos.

Albúm de idéia


Planejamento - Desenvolvimento - Você pode iniciar assim - Tema - Violência/Depredação de Patrimônios Públicos Numa roda de conversa, iremos conversa sobre : Violência/Depredação de Patrimônios Públicos. Para iniciar o estudo/roda de conversa, perguntarei as crianças o que elas sabem sobre o asunto. Socializar as informações com os colegas. Contarei/Ler par elas algumas informações sobre o assunto. Refletir e Discutir o assunto. P.S. Sucesso garantido, pois acima de tudo você esta valorizando a conhecimento que as crianças já tem, e vem para reforcar e ampliar este conhecimento. Boa aula.

domingo, 9 de agosto de 2009

Fernando Pessoa e Cecília Meireles







O encontro entre a poesia e a criança











Quando as crianças brincam


Eu as oiço brincar,


Qualquer coisa em minha alma


Começa a se alegrar






E toda aquela infância


Que não tive me vem,


Numa onda de alegria


Que nunca foi de ninguém.






[...]






( Pessoa, 1965, p.169 )






P.S. Isso é o que acontece, quando estou com minhas crianças...que eu tanto AMO.




Muito obrigada.

Transtorno que dificulta o aprendizado da matemática


Esses problemas com a aprendizagem da matéria podem ser justificados por dificuldades nas habilidades pré-requeridas, falhas na compreensão de conceitos, entre outros fatores. Mas saiba que o problema pode ser algo mais sério, um transtorno chamado discalculia.
Apesar de ser um transtorno que muita gente nunca ouviu falar, ele é mais freqüente do que podemos imaginar. Um estudo dirigido pelo matemático americano Brian Butterworth, mostrou que entre 1.500 crianças examinadas, de 3% a 6% delas mostravam sinais de discalculia. Outros estudos desenvolvidos nos Estados Unidos, Europa e Israel mostram quase 5% da população mundial sofre com os sintomas deste transtorno.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto, a discalculia é um transtorno de aprendizagem da matemática decorrente de uma disfunção cerebral, portanto, a criança nasce discalcúlica. “Mas ela só se manifesta quando a criança passa a ter contato com os conceitos e noções de quantidade.”
Quézia alerta que é importante que não se confunda a discalculia com a dificuldade de aprendizagem da matemática (DAM). “A DAM é decorrente de diferentes fatores como: metodologia pedagógica inadequada, falta de compromisso com a aprendizagem, fatores emocionais ou ainda, podem aparecer como sintoma que a criança utiliza para chamar a atenção da família que
algo não está bem com ela. Podem ser também decorrentes de outros distúrbios de aprendizagem, como por exemplo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.”
Ela explica que normalmente quem observará a dificuldade de desempenho será o professor que deve encaminhar a criança para um profissional para que o diagnóstico seja adequadamente feito. “O diagnóstico de discalculia precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar com profissionais da neurologia, psicopedagogia ou neuropsicologia.”, explica.
Depois que o diagnóstico for feito, o discalcúlico deve ter acompanhamento de um psicopedagogo com seções de no mínimo 2 vezes por semana.

Características

Os discalcúlicos têm inteligência normal ou superior e a aquisição da linguagem (oral, leitura, escrita) acontece muitas vezes de forma mais acelerada, não raro, apresentam habilidades poéticas. Perdem objetos frequentemente e dão a impressão de distraídos. Podem apresentar dificuldades para entender ordens e planejar estratégias em jogos, de lembrar regras e fórmulas. É comum demonstrarem dificuldades em dançar porque não lembram a seqüência de passos de uma dança.
De acordo com Quézia, se não tratados podem apresentar sintomas como inatividade, tornando-se preguiçoso, não fazendo as tarefas, ficando introvertido, triste, muito quieto e sem vontade de ir para escola. Além disso, pode se tornar indisciplinado e nervoso, além de ter baixa auto estima devido a críticas e punições de pais e colegas.

Confira algumas das dificuldades de quem tem o transtorno:

- Dificuldade na memória auditiva;
- Problemas de reorganização auditiva: criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar do número com rapidez;
Dificuldade na memória visual;

- Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;
- Dificuldade na memória que implica contagem, não memoriza a tabuada de multiplicar, tem dificuldades para recordar seqüências de algoritmos, estações, meses, etc;
- Distúrbios de percepção visual;
- Dificuldade nas habilidades psicomotoras;
- Distúrbios de leitura: apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema;

- Distúrbios de escrita: têm dificuldade de escrever os números porque a aquisição do sistema de numeração é muito comprometida;
- Tem atenção seletiva, isto é, distrai-se com estímulos irrelevantes e fadiga-se facilmente quando tenta concentrar-se.

Simplesmente, Lúcia

Dica de Filme Educacional II


A Voz do Coração


Sinopse:

Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, Clémente Mathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais.
Após o filme converse sobrre:

O que mais te tocou no filme? Por quê?

Você acha que o professor gosta de seu trabalho? Por quê?

Você acha que as crianças gostam de ir à escola? Por quê?

Você acha que elas gostavam do professor e do inspetor de alunos? Por quê?

Depois refleta sobre outros pontos.

Uma situação Educativa


Numa situação educativa temos:


* Ponto de Partida
* Ponto de Chegada
* Caminho


Exemplo:

Seria quando por exemplo: estamos trabalhando o tema Dengue, já fizemos rodas de conversa sobre o assunto, pesquisamos, socializamos,etc E agora? Simularemos uma situação ou cantinho, com uma situação real, ou seja, locais onde o mosquito podem vir a parecer e aí? Qual a ação da criança depois de todo o trabalho feito antes ( rodas de conversas, pesquisas, socializações, etc ) ?. Nesse momento que o educando/criança terá adesão livre para por em prática o que aprendeu...
Já que Situação Educativa, é aquela em que se dá uma superação de um estado a outro, mediante um caminho.

Dica de filme educacional


Um excelente filme para trabalhar a prática cotidiana do professor aliado ao planejemento e ao desafio de sala de aula.

Análise do filme:

1-Traçar um paralelo entre o filme e atualidade com relação à função:
a) Da escola
b) Do aluno
c) Do professor
2- Foi possível identificar algumas situações ocorridas no filme com o cotidiano da sala de aula?
Justificar:

Fonte: desconhecida

sábado, 8 de agosto de 2009

Baú de Experiência II


Escola um espaço de mudança


A escola pode ser um espaço de mudança a partir do momento que ponho este questionamento com base de minha profissão: "Como minha intervenção educativa pode auxiliar na formação integral dessa criança?" Este questionamento, que vai me nortear a vida toda. E fazer com que, não caia, sem perceber, no discurso da profissionalização ou da cidadania.
O professor esta ali, para instigar a criança e não para ensinar técnicas ou comportamentos adequados para viver em sociedade. A criança é um coração carregado de perguntas e esperança. E essa mudança quando, baseada neste questionamento são recíprocos...quem ensina aprende x quem aprende ensina.


CONHECIMENTO PESSOAL: A COR DO SENTIMENTO


OBJETIVOS: Identificar os próprios sentimentos e expressá-los, partilhando-os com o grupo.


MATERIAL: Lápis de cor


PROCEDIMENTOS: Durante os primeiros 5 minutos eu solicitei as crianças que se concentrasse, fechando os olhos, procurando uma interiorização e uma conscientização acerca dos próprios sentimentos no momento.
Decorridos os cinco minutos, e abrindo os olhos, eu pedi que cada criança, em silêncio, escolha um lápis de cor, relacionado a cor dele com os sentimentos do momento.
Prosseguindo, formam-se subgrupos obedecendo às cores dos lápis de cores, resultando daí grupos numericamente variados.
Cada criança desses grupos explicou para o seu grupo o relacionamento encontrado entre a escolha da cor do lápis e os seus sentimentos do momento.
Terminada esta etapa do exercício, todos se despediram uns dos outros com um abraço.
No dia seguinte...e eu solicita que todos procurem expressar seus sentimentos do momento, através de uma forma dada ao pedaço de papel. O importante não é tanto se a forma dada ao papel seja muito exata, mas o que esta forma representa.
A seguir formam-se novos subgrupos, ajuntando os membros pela semelhança das formas dadas ao papel, e durante alguns minutos cada um expôs ao grupo o significado do formato dado.
Terminada esta etapa do exercício, todos se despediram uns dos outros com um beijo. A dinâmica foi realizada ao som de música instrumental.
Desfeitos os subgrupos, seguem-se, em plenário, os comentários acerca da vivência deste exercício.


Eu fiquei muito emocionada, com a relação deles com a cor escolhida e o que esta naquele momento significava para eles...eu também participei da dinâmica e durante vários dias se comentavam sobre a mesma, em vários momentos eles a aplicavam. Porém no dia seguinte...na parte II da dinâmica , muitas crianças choraram e eu me emocionei muitos e enchi meus olhos de lágrimas com os relatos, as formas mais feitas foram: avião, barco e chapéu, que representa passeios , viagens alegrias e tristes. Porém dois me chamaram a atenção. Uma criança falou que tinha feito um Diamante, pois queria da para o pai dela, que foi embora e ele não sabia, mais ele é um Diamante para ela, a irmã e a mãe...e deste que ele foi embora elas choram e sofrem muito. A outra fez uma carta, pois lembrava que quando o pai dela foi embora ela escreveu uma carta para ela voltar e ele respondeu dizendo que não ia voltar...e ela ficou muito triste, junto com a irmã e a mãe. Até agora quando eu lembro me emociono, e acredito que não só eles me conheceram melhor com esta dinâmica com eu também os conheci, e nós mudamos uns com os outros pelos fato de agora nos conhecermos melhor, E nossas atitudes mudou muito deste então.


Pois a partir do momento que nos conhecemos, cada um soube o ponto de partida de cada um, por isso que nosso relacionamento ficou ainda melhor...ponto de chegada.

Gostaria de compartilhar, esta experiência com vocês...


Queridos ( as ), divida as suas comigo também, bjs.