segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A importância do brincar




Todo ser humano pode beneficiar-se de brincadeiras e jogos, tanto pelo aspecto lúdico, de diversão e prazer, quanto pelo aspecto da aprendizagem. Brincando, desenvolvemos várias capacidades, exploramos e refletimos sobre a realidade, a cultura na qual vivemos, incorporamos e, ao mesmo tempo, questionamos regras e papeis sociais. Podemos dizer que nas brincadeiras ultrapassamos a realidade, transformando-a através da imaginação. A incorporação de brincadeiras na prática pedagógica desenvolve diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para aplicação da rede de significados construtivos tanto para crianças quanto para jovens e adultos. As brincadeiras funcionam como exercícios necessários e úteis a vida. O exercício de brincar possibilita assegurar a sobrevivência de sonhos e promover uma construção de conhecimentos vinculados ao prazer de viver e aprender de uma forma natural e agradável. Atividades lúdicas As atividades lúdicas são a essência da infância. Por isso, ao abordar esse tema, não podemos deixar de nos referimos à criança. Ao retomar a história e evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase adulto, ou adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes baixa o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil no trabalho, colaborando na geração de renda familiar. Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinha a conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio. Cada época e cada cultura têm uma visão diferente de infância, mas a que mais predominou foi a da criança como ser inocente, inacabado e incompleto, um ser em miniatura, dando a criança uma visão negativa. Entretanto, já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma conotação diferente para infância, mas suas idéias vieram ser afirmar no século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial com especificidades, características e necessidades próprias. Foi preciso que houvesse uma profunda mudança na imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos. O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico. Dentre as contribuições desses estudos podemos destacar:
As atividades lúdicas possibilitam fomentar a “resiliência”, pois permitem a formação do autoconceito positivo; As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através dessas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convivem socialmente e opera mentalmente; O brinquedo e o jogo são produtos da cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade; Brincar é uma necessidade básica assim como a nutrição, a saúde, habitação e a educação; Brincar ajuda acriança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas desenvolve expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento; O jogo é essencial para a saúde física e mental;
O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário. Portanto, ao valorizar a atividade lúdica, a reforçamos como atividade natural, espontânea e necessária a todas as crianças, tanto que o BRINCAR é um direito da criança reconhecido em declarações, convenções e leis a nível mundial. É o papel do professor estimular a criança a conhecer cada vez mais o seu meio físico e social. Mas existem brincadeiras para isto? É claro. Em primeiro lugar, deve-se visualizar com clareza os objetivos a serem alcançados com as atividades e as noções a serem desenvolvidas com a criança. Em seguida providenciar o material necessário. Finalmente, montar a “brincadeira”, ou seja, apresentara atividade de forma lúdica, desafiando a imaginação e a curiosidade de seus alunos.

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